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Turma 202 ( A )

Page history last edited by escola ruyzao 13 years, 8 months ago

 A indústria nos países desenvolvidos

 

Alunos (as): Luana Campos  e  Maielen Kuchak                    

 

A Revolução Industrial determinou e aprofundou a divisão internacional do trabalho (DIT) criada com o mercantilismo e que era caracterizada pelo pacto colonial. Quem tomou o expresso da industrialização garantiu seu lugar entre os mais ricos do mundo; a indústriadefiniu, portanto, quem era rico e quem era pobre na divisão internacional do trabalho, ampliando ainda mais as diferenças econômicas e tecnológicas entre os países. 

 

                                      A Indústria no Reino Unido

 

Grande potência econômica em séculos passados, o Reino Unido já foi o centro do maior império colonial do mundo: o  Império Britânico. Começou a perder importância após a Segunda Guerra Mundial,quando, juntamente com a França e a Alemanha, foi substituído como principal líder do mundo capitalista pelos Estados Unidos. Os fatores determinantes dessa situação foram as perdas sofridas no conflito e a independência das colônias britânicas, que eram o grande esteio de sua economia.

  O Reino Unido foi o grande artífice da Revolução Industrial. Isso só foi possível porque o país reuniu condições favoráveis, como a consolidação de um Estado liberal controlado pela burguesia; disponibilidade de capitais acumulados no mercantilismo, bem como de matérias-primas; mercado consumidor em seu extenso império colonial; mudança na organização fundiária; recursos naturais, como o carvão e o ferro, muito utilizado na nova atividade; e inovações tecnológicas, como a maquina a vapor. O êxodo rural e o crescimento das cidades vieram como conseqüência das indústrias. Os tipos de indústria mais encontrados eram a siderúrgica, a têxtil, a naval e a de material ferroviário. Após duas guerras mundiais e depois de ter o grande império reduzido algumas pequenas ilhas espalhadas pelo mundo, muita coisa mudou no Reino Unido.

  O declínio do carvão como fonte de energia, a era do petróleo e a necessidade de novas tecnologias foram essenciais para mudar a situação e a distribuição das indústrias no país.

Setores com têxtil, o naval e o siderúrgico enfraqueceram, mas surgiram outros, como o petroquímico, o biotecnológico, o aeronáutico e o eletrônico. Atualmente, as mais importantes regiões industriais inglesas são as áreas metropolitanas inglesas de Londres e de Birmingham. Por ser bem desenvolvida e com um parque industrial diversificado, Londres é sem duvida o principal centro industrial britânico. Nessa nova fase industrial do Reino Unido, a cidade de Birmingham ultrapassou centros das antigas “regiões negras”.

   Em 1979, o Reino Unido foi o primeiro país desenvolvido a adotar o neoliberalismo. Como consequência da nova política na década de 1980, grande parte das empresas públicas foi privatizado. Também o desemprego e a pobreza aumentaram no país. Entretanto, a descoberta de petróleo na plataforma continental do mar do Norte deu um novo alento a economia do Reino Unido. O apoio a empresa privada favoreceu o crescimento no mercado de trabalho, reduzindo o desemprego. Entretanto o Reino Unido ainda enfrenta problemas como a doença da vaca louca, e crises nos setores da saúde, segurança e educação. O primeiro ministro britânico tem tido uma participação ativa na luta contra o terrorismo,após os atentados de 11 de Setembro de 2001 nos Estado Unidos.

   A maior potência dos séculos XVlll  e XIX continua sendo um país rico e  com um bom padrão de vida.Mas,sem dúvida,não tem a importância política e econômica que possuía até a Segunda Guerra Mundial.

 

                                         A indústria na França

 

A França detentora de vasto império colonial no passado apresenta-se em melhor posição no ranking dos PIBs e rendas per capita das maiores economias do mundo. A frança iniciou a sua industrialização após a Revolução Francesa (1789). Entretanto, só consolidou sua Revolução Industrial no século XIX,quando conheceu a estabilidade política,que chegou depois dos anos conturbados que sucederam a Revolução Liberal.

  As jazidas de carvão mineral determinaram a localização da indústria francesa nos seus primeiros tempos,quando se destacavam nas regiões da Alsácia e Lorena,na fronteira com a Alemanha. Com as mudanças estabelecidas no decorrer do tempo, hoje outros combustíveis são utilizados e a distribuição espacial da indústria no país ficou bem diferente. A França teve seu território devastado pela Segunda Guerra Mundial. Entretanto, dois fatores foram responsáveis pela reconstrução de sua economia, no período que se seguiu ao fim do conflito:

  • ·          a ajuda financeira dos Estados Unidos através do Plano Marshall ;
  • ·         

  A principal região industrial da França localiza-se na área metropolitana de Paris, centro político, cultural e econômico que polariza o país. Possui um parque industrial muito variado, que reúne desde alta-costura, perfumes e cosméticos até aviões, automóveis produtos entre outros. A França conta com quarenta tecnopolos, entre os quais se destaca Lyon (indústria química e têxtil), Toulouse (aviões) e Nantes (indústrias químicas).

Quanto as fontes de energia, a França importa do Oriente Médio e do norte da África quase todo o petróleo de que necessita. O gás natural é explorado nos Pireneus ,e as minas de carvão estão praticamente esgotadas.As hidrelétricas são construídas em rios que descem dos Alpes,dos Pireneus e do maciço Central Frances.Dentre os minérios,destacam-se a bauxita,que alimenta importante indústria metalúrgica.

    A França é um dos países mais industrializados do mundo. Enfrenta problemas comuns na Europa, como desemprego, imigração ilegal e envelhecimento da população. Além disso, é importante potência nuclear. É o país onde o Estado tem maior participação na economia. A intervenção do Estado tem sido fundamental para diminuir a taxa de desemprego. Seu maior problema político tem sido o separatismo da ilha de Córsega. O país mantém um departamento ultramarino na América do Sul, a Guiana Francesa.

 

                               A indústria na Itália e na Alemanha

 

 

A Alemanha tem o PIB mais alto e também a renda per capita mais alta da Europa. Unificada em 1871, sempre foi uma potência bélica com tendência de expandir seus domínios no continente europeu. Tentou disputar a posse dos impérios coloniais formados por França e Inglaterra na África. Essa ambição levou o país a conflitos em 1914–1918(Primeira Guerra) e em 1939-1945(Segunda Guerra), dos quais saiu derrotado. Os resultados dessas derrotas foram a perda de territórios e a destruição do parque industrial alemão. Entretanto a maior das punições foi a divisão do país após a Segunda Guerra.

   Apesar de ter se industrializado um século depois da França e do Reino Unido, a Alemanha já tinha superado essas nações no fim do século XlX e liderava, com os Estados Unidos, a introdução das modernas tecnologias que caracterizaram a Segunda Revolução Industrial. Desde o início a mais importante região industrial alemã se formou na bacia dos rios Reno e Ruhr. O primeiro é a via de ligação do país com o mar do Norte; no segundo havia as ricas minas de carvão que atraíram indústrias para a região.

  De 1949 até 1990, existiram duas Alemanhas. Eram dois países diferentes, um de regime socialista e economia planificada (Alemanha Oriental) e outro integrante do mundo capitalista (Alemanha Ocidental). Enquanto a Alemanha Oriental se perdia na burocracia e no atraso tecnológico da economia planificada, a Alemanha Ocidental reerguia sua economia com a ajuda do Plano Marshall e participava da criação da Comunidade Econômica Européia, tornando-se a terceira potência do mundo capitalista.

As duas Alemanhas passaram quarenta anos em “mundos” diferentes. Reconheceram-se mutuamente na ONU na década de 1970. Amigos e parentes viviam separados arbitrariamente, desde 1961, pelo Muro de Berlim, que só seria derrubado em 1989. A reunificação alemã aconteceu em 3 de outubro de 1990, quase um ano após a queda do Muro de Berlim.

Mesmo estando entre as economias mais fortes do mundo, a nova Alemanha enfrentou e enfrenta ainda grandes problemas de ajustamento e adaptação. Durante quarenta anos os dois países seguiram orientações econômicas opostas e  a Alemanha Ocidental pagou as contas da unificação, ou seja, teve de investir muito dinheiro para levantar a economia da Alemanha Oriental.  

Entretanto, resultados positivos têm sido obtidos com o crescimento econômico de áreas da antiga Alemanha Oriental. Do ponto de vista político, a Alemanha se destaca ao negar apoio ao ataque ao Iraque promovido pelos Estados Unidos.

A área mais industrializada do país continua sendo a Renânia. Aí encontramos vários ramos industriais, como o siderúrgico, o automobilístico, o petroquímico, o de mecânica de precisão, o eletroeletrônico e o bélico.

 

                                          A indústria na Itália

 

A principal diferença entre a Itália e as outras potências colonialistas européias estava no fato de o território italiano ser pobre em recursos minerais. Por outro lado, a Itália, por ter entrado tardiamente na disputa pelas colônias da época, não se beneficiou de um império colonial que abastecesse o país de matérias-primas ou funcionasse como mercado para seus produtos. Derrotada juntamente com a Alemanha e Japão na Segunda Guerra Mundial, a Itália teve sua economia praticamente destruída pelo conflito.

  Beneficiada pelo Plano Marshall, a economia italiana foi reconstruída nas décadas de 1950 e 1960. Apesar dos esforços do governo, as indústrias italianas concentraram-se no Norte do país. O Sul, de estruturas tradicionais, marcadamente agrícola, contrasta fortemente com o Norte industrializado. Uma das maiores preocupações dos dirigentes italianos, nas últimas décadas, tem sido diminuir a desigualdades regionais (Norte/Sul) através de incentivos para a instalação de indústrias no Sul do país, na região chamada de Mezzogiorno. Pobre em combustíveis fósseis, a Itália aproveita a energia hidrelétrica de rios que nascem nos Alpes e importa petróleo e gás natural de países do norte da África e do Oriente Médio. 

  A principal região industrial italiana é o “triânguloMilão-Turim- Gênova, no Norte do país, onde também se destacam as cidades de Trieste, Bolonha e Parma. No Sul existem pólos industriais importantes, como Nápoles, onde se destacam as refinarias de petróleo importado, Bari, Brindisi e Tarento. Na Sicília, destaca-se Palermo, e na Sardenha, a cidade de Cagliari. O parque industrial italiano é bastante diversificado, sendo famosas as marcas Fiat, Alfa Romeo, Olivetti, Pirelli, sem falar nas grifes da moda atual.                                   

 

                                                                  A indústria na Alemanha

                                                            

A Alemanha tem o PIB mais alto e também a renda per capita mais alta da Europa. Unificada em 1871, sempre foi uma potência bélica com tendência de expandir seus domínios no continente europeu. Tentou disputar a posse dos impérios coloniais formados por França e Inglaterra na África. Essa ambição levou o país a conflitos em 1914–1918(Primeira Guerra) e em 1939-1945(Segunda Guerra), dos quais saiu derrotado. Os resultados dessas derrotas foram a perda de territórios e a destruição do parque industrial alemão. Entretanto a maior das punições foi a divisão do país após a Segunda Guerra.

   Apesar de ter se industrializado um século depois da França e do Reino Unido, a Alemanha já tinha superado essas nações no fim do século XlX e liderava, com os Estados Unidos, a introdução das modernas tecnologias que caracterizaram a Segunda Revolução Industrial. Desde o início a mais importante região industrial alemã se formou na bacia dos rios Reno e Ruhr. O primeiro é a via de ligação do país com o mar do Norte; no segundo havia as ricas minas de carvão que atraíram indústrias para a região.

  De 1949 até 1990, existiram duas Alemanhas. Eram dois países diferentes, um de regime socialista e economia planificada (Alemanha Oriental) e outro integrante do mundo capitalista (Alemanha Ocidental). Enquanto a Alemanha Oriental se perdia na burocracia e no atraso tecnológico da economia planificada, a Alemanha Ocidental reerguia sua economia com a ajuda do Plano Marshall e participava da criação da Comunidade Econômica Européia, tornando-se a terceira potência do mundo capitalista.

As duas Alemanhas passaram quarenta anos em “mundos” diferentes. Reconheceram-se mutuamente na ONU na década de 1970. Amigos e parentes viviam separados arbitrariamente, desde 1961, pelo Muro de Berlim, que só seria derrubado em 1989. A reunificação alemã aconteceu em 3 de outubro de 1990, quase um ano após a queda do Muro de Berlim.

Mesmo estando entre as economias mais fortes do mundo, a nova Alemanha enfrentou e enfrenta ainda grandes problemas de ajustamento e adaptação. Durante quarenta anos os dois países seguiram orientações econômicas opostas e  a Alemanha Ocidental pagou as contas da unificação, ou seja, teve de investir muito dinheiro para levantar a economia da Alemanha Oriental.

 Resultados positivos têm sido obtidos com o crescimento econômico de áreas da antiga Alemanha Oriental. Do ponto de vista político, a Alemanha se destaca ao negar apoio ao ataque ao Iraque promovido pelos Estados Unidos.

A área mais industrializada do país continua sendo a Renânia. Aí encontramos vários ramos industriais, como o siderúrgico, o automobilístico, o petroquímico, o de mecânica de precisão, o eletroeletrônico e o bélico.

 

                                                                      A indústria no Canadá

 

 Antiga colônia britânica, o Canadá obteve sua independência política apenas em 1867, quando foi criada uma Confederação canadense e a Constituição do país foi escrita. Embora o Parlamento tenha ficado submetido ao governo britânico até 1931, o Canadá dirigiu seu próprio destino desde o fim do século XIX. Por esse motivo, sua industrialização iniciou-se mais tarde do que a dos Estados Unidos. 

No passado o território canadense foi ocupado por ingleses e franceses. Estes chegaram primeiro, quando o navegador John Cabot atingiu as costas do que é hoje o território canadense. No século XVI, os franceses estabeleceram-se na região da foz do rio São Lourenço, denominada Nova França por seu descobridor, Jacques Cartier. Nesta área foram fundadas mais tarde as cidades de Quebec e Montreal (Ville Marie). Derrotados na Guerra dos Sete Anos, os franceses entregaram a Nova França aos ingleses, conforme determinava o Tratado de Paris, assinado em 1763. 

Como resultado desse passado, o Canadá faz parte da Comunidade Britânica de Nações. Possui duas línguas oficiais: o inglês e o francês. Politicamente está dividido em onze províncias, das quais Ontário e Quebec são as mais importantes economicamente.

O Canadá apresenta grande parte de sua extensão sob o domínio de climas extremamente frios. Apesar de ser o segundo país mais extenso do mundo, a maior parte do território canadense é de difícil ocupação por causa do clima. Sua população de aproximadamente 31,5 milhões de habitantes em 2003 concentra-se na faixa situada ao longo da fronteira com os Estados Unidos, onde as latitudes são baixas e o clima é temperado.

Quase todos os seus recursos minerais são encontrados no norte, onde faz mais frio. O país pode ser considerado uma “potência mineral”, e está entre os grandes produtores ou possuidores de reservas minerais de zinco, urânio, titânio, níquel, cobre chumbo, cobalto, minério de ferro, ouro, e de fontes de energia, como petróleo, carvão mineral e gás natural. Outro recurso natural fez do Canadá o primeiro produtor de papel e celulose: a taiga canadense, que alimenta também a importante indústria madeira.

O antropólogo e escritor brasileiro Darcy Ribeiro costumava definir a economia canadense como um “apêndice dos Estados Unidos”. Com essa expressão, provavelmente referia-se ao fato de que o Canadá, além de representar a continuidade das características naturais de seu vizinho do sul, tem sua economia fortemente vinculada á economia norte-americana. Essa dependência começou após a Primeira Guerra Mundial, quando filiais de empresas alimentícias norte-americanas começaram a comprar os excedentes da produção agrícola canadense (trigo, soja, cevada), desenvolvida nas férteis planícies Centrais Canadenses, o que tornava essa área praticamente uma continuação das regiões agrícolas dos Estados Unidos.  

A industrialização canadense consolidou-se após a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918). A partir dos anos 1940, a grande diversidade mineral atraiu o capital e empresas dos Estados Unidos que ali se instalaram.

A principal região industrial do país fica no vale do rio São Lourenço e na porção Sudeste, que faz fronteira com a região Nordeste dos Estados Unidos (a mais industrializada do mundo), onde de destacam as cidades de Toronto e Montreal.

As indústrias de alta tecnologia (General Electric e IMB), automobilística (GM, Ford e Chrysler), petrolífera (Exxon e Texaco), química (Du Pont), siderúrgica (Iron One Company), entre outras, são controladas por empresas norte-americanas. Mais de 70% da produção industrial canadense é exportada para os Estados Unidos e, a partir de 1994, com a assinatura do Acordo de Livre Comércio da América do Norte ou Nafta, ficou mais evidente a situação do Canadá como “apêndice dos Estados Unidos”.                                                 

                                                        A indústria no Japão

 

Segunda economia no mundo, o Japão é o país que possui a mais alta expectativa de vida. O Japão só abriu sua economia para o Ocidente e para o mundo após o início da longa dinastia Meiji, que se estendeu de 1868 a 1912, e isso foi fundamental para que o país iniciasse seu processo de industrialização. Antes disso era um país agrário, de estruturas feudais, que mantinha seus portos fechados para o Ocidente.

            O período marcado pela abertura econômica do Japão para o Ocidente ficou conhecido pelo nome da disnatia que o governou (A era Meiji). Os imperadores Meiji preocuparam-se com medidas que foram fundamentais para a industrialização e a modernização do país. Entre elas, podemos destacar:

·        A criação de infra- estrutura;

  • ·        A instalação de indústrias de bens de produção;
  • ·        Investimentos na educação do povo para obter mão-de-obra preparada para desenvolver uma nova atividade;
  • ·        Os investimentos feitos na indústria pelos grupos familiares;       

Com um território pequeno – o Japão é um arquipélago vulcânico - e pouco favorecido do ponto de vista mineral e energético, o país iniciou sua expansão imperialista na Ásia em parte para suprir essa deficiência. As principais áreas ocupadas pelos japoneses foram:

  • ·          Coréia e Taiwan (1895);
  • ·          Manchúria, no norte da China (1931), e Nordeste chinês (1937);
  • ·          Península da Indochina (1941);
  • ·          Ilhas do Pacífico, como Iwojima, Marianas, Carolinas, Palau (na Segunda Guerra).

A participação e a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial custaram–lhe não só os territórios conquistados desde o século XIX, como a destruição da economia do país. Mesmo arrasado, após o fim do conflito em 1945, o Japão tornou-se a segunda potência econômica mundial. Como isso foi possível?

Esse conjunto de fatores permitiu a transformação de um país arrasado pela Segunda Guerra em um forte concorrente dos Estados Unidos e em um país de grande superávit comercial, pois sempre exportou mais do que importou. O território japonês é desprovido de recursos minerais, o que o torna um grande importador de quase todos os minerais que utiliza em sua diversificada indústria. Alguns ramos industriais do Japão ocupam a primeira posição mundial, como a indústria naval, a produção de aço (siderurgia) e de seda (têxtil). E está em segundo lugar na produção de automóveis, alimentos, metalurgia, máquinas elétricas, máquinas não elétricas. Na produção têxtil, ocupa a terceira posição.

Aproximadamente a metade da exportação mundial de eletroeletrônicos e eletrodomésticos é de origem japonesa, e mais da metade dos robôs estão instalados na indústria japonesa. Grandes grupos industriais, bancários e comerciais japoneses estão entre as maiores corporações mundiais, como os grupos Toyota Motor Company, Nippon Telegraph & Telephone, Nissan Motor, entre outros. O capital japonês foi o maior responsável pela transformação de nações asiáticas, como Cingapura, Coréia do Sul, Taiwan e Hong Kong, em plataformas de exportação. O litoral leste da ilha de Honshu concentra a maior parte da população e das indústrias e a maior megalópole mundial, formada pelas cidades de Tóquio, Yokohama, Nagoya e Osaka.

Atualmente, o Japão atravessa uma séria crise que preocupa a economia internacional, porque esse país é um grande investidor de capitais e um grande importador-exportador mundial. Essa crise começou após a profunda recessão da economia japonesa na década de 1990 e da concorrência dos produtos manufaturados da Coréia do Sul e dos demais Tigres Asiáticos. O aumento do desemprego estrutural (ocasionado pelos avanços tecnológicos), a crise no sistema bancário e o menor crescimento do PIB japonês foram as principais consequências desses problemas. Do ponto de vista político, o Japão tenta obter o apoio de outros países, entre eles o Brasil, para integrar o Conselho de Segurança da ONU, no caso de uma reforma da organização. 

 

                         Países subdesenvolvidos industrializados

  Alguns países da América Latina e a Ásia passaram pelo processo de industrialização tardia e dependente, ocorrido após as décadas de 1950 e 1960, e podem ser reunidos em dois grupos distintos: substituição de importações e plataformas de exportações.

  Na atualidade, o termo emergente tem sido bastante usado por organismos internacionais para designar os novos países industrializados.

O Banco Mundial foi o primeiro desses organismos internacionais a utilizar o termo para diferenciar novos fundos de investimentos que buscam países que estão emergindo da situação de subdesenvolvimento para a de desenvolvimento.

Na realidade, não há chances de esses países atingirem o desenvolvimento com esse tipo de investimento. Ao contrário, ele transforma esses países em reféns do FMI, por causa da dívida externa, adquirida principalmente durante o processo de instalação das indústrias, ou para financiar obras de infra-estrutura.  

                   

                                          Substituindo importações

 

A África do Sul, a Argentina, o Brasil, a Índia e o México compartilharam do processo conhecido como substituição de exportações, isto é, iniciaram sua industrialização produzindo internamente o que antes era importado. As empresas transnacionais concluíram que era mais vantajoso fabricar nesses países os bens que teriam como objetivo os mercados consumidores locais. Se os Novos Países Industrializados “substituíram importações”, os países desenvolvidos “exportaram fábricas”. 

   As principais características desse modelo de industrialização foram: produção dirigida para o mercado interno; importante participação do Estado na construção de hidrelétricas, em indústrias de base, como a siderurgia, e na infra-estrutura de transportes para atender às necessidades das novas indústrias. Esses Novos Países industrializados têm outros pontos em comum: são antigas colônias, são extensos, populosos (exceto a Argentina) e ricos em recursos minerais e energéticos.

 

                                       A indústria na África do Sul

 

  A estrutura industrial sul-africana sempre esteve baseada na extração de sua imensa riqueza de recursos minerais e na aliança de capitais britânicos, norte-americanos e estatais. O diamante, platina, urânio, amianto, manganês e cromo compõem a principal pauta de exportações da África do Sul. Além disso, completa essa lista produtos agropecuários, como a lã, o vinho e as frutas cítricas.

  Como o país não tem petróleo, o carvão é a principal fonte de energia (90%), ao lado do potencial hidrelétrico do rio Orange. Pra suprir a deficiência em petróleo, a África do Sul aperfeiçoou um processo de liquefação do carvão. E aposta na energia nuclear que fornece 6% da energia do país. As principais regiões industriais sul-africanas localizam-se nas regiões da Cidade do Cabo, de Pretória, de Johannesburgo, Durban e Porto Elizabeth. Possui indústrias alimentícias, têxteis, siderúrgicas, químicas e automobilísticas, que abastecem, principalmente, o mercado interno.

  O grande desafio agora é eliminar o apartheid econômico, consequência dos longos anos de segregação racial, e controlar a epidemia de AIDS, uma ameaça para o crescimento do PIB sul-africano nos próximos anos.

 

                                    A indústria na Argentina

 

  A Argentina é o país que apresenta maior instabilidade econômica entre os países emergentes. Na Argentina o período entreguerras (1919 a 1938) foi caracterizado pelo processo progressivo de substituição de importações. O Estado foi um importante agente dessa industrialização ao financiar as indústrias de bens de produção. Entretanto, foi após a Segunda Guerra Mundial que as filiais das transnacionais se instalaram no país. A área compreendida entre Buenos Aires e Rosário, forma o principal eixo industrial do país.

  A Argentina vem enfrentando uma grave crise econômica evidenciada por uma queda acentuada de sua produção industrial, pelo sucateamento de suas indústrias e pela defasagem tecnológica. Para agravar a situação, várias indústrias estão se transferindo para outros países. Os principais produtos de sua pauta de exportações, como os cereais e a carne, diminuíram sua participação no mercado internacional. A Argentina ficou sob suspeita porque foi constatada a febre aftosa em parte de seu rebanho. O desemprego decorrente desses fatos agrava a crise social. Durante anos a inflação corroeu salários, e a dívida externa superou 150 bilhões de dólares, o que dificultou investimentos na área social, causando expressiva queda no nível de vida de sua população.

   As riquezas naturais argentinas, como o urânio, o petróleo, e o gás natural, e a diversificação agropecuária, não conseguem minimizar as dificuldades econômicas que o país vem enfrentando. Por ser integrante do Mercosul  seus problemas transpõem  fronteiras,prejudicando até mesmo o Brasil. 

 

                                           A indústria na Índia

 

  Antiga colônia inglesa, a Índia é o segundo país mais populoso do mundo e uma das potências nucleares dos países do Sul. É também o único dos Novos Países Industrializados em que o setor agrário tem maior peso no PIB do que o industrial.

  Os fundamentos de sua industrialização foram a ajuda soviética durante a Guerra Fria, o apoio estatal para a instalação de indústrias de base e riqueza em recursos minerais. Seu setor industrial cresce cada vez mais, concentrado nas cidades de Mumbai, Calcutá, Nova Délhi e Madras. Além de ramos tradicionais, a Índia conta com indústrias de tecnologia de ponta e tem até um tecnopolo- a cidade de Bangalore.    

 

                                         A indústria no México

 

A industrialização mexicana passou do processo de substituição de importações para o processo de instalação de transnacionais, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). As grandes reservas de carvão mineral, ferro, manganês, a produção de ouro, urânio, chumbo, cobre, enxofre, entres outros, e a oferta de mão-de-obra barata foram fatores fundamentais para que o capital estatal e internacional expandisse a industrialização. O governo fundou a Pemex (Petróleo do México), estatizando a exploração dessa fonte de energia, e um banco de investimentos, a Nacional Financeira, para apoiar os projetos da indústria privada.

Apresenta um parque industrial amplo e diversificado (ramos têxtil, alimentício, siderúrgico, químico, petroquímico e mecânico), concentrado entre a Cidade do México e Guadalajara (na zona central) e, mais recentemente, em Monterrey, no norte do país. Os novos pólos industriais estão instalados no norte, principalmente após a adesão do México ao Nafta em 1993, onde empresas norte-americanas buscam mão-de-obra barata, qualificada e próxima da fronteira entre os dois países.

 São empresas chamadas maquiladoras, filiais de empresas norte-americanas que produzem manufaturados que serão consumidos pelo próprio mercado norte-americano, principalmente automóveis, eletrônicos e autopeças.   A tecnologia e os componentes vêm dos Estados Unidos.  Cabe ao México a montagem final; por isso o termo maquiladora (de maquilar ou disfarçar). Essas empresas geram lucros porque reduzem seus custos, utilizam-se de fontes de energia mexicanas e poluem o meio ambiente desse país, preservando o seu lugar de origem.

Com a crise Argentina, o México passou a ser a segunda economia da América Latina e em 2002 ultrapassou a economia brasileira, tornando-se a maior economia da América Latina desde então.                                                  

 

                                                           As plataformas de exportação

 

   Cingapura, Hong Kong, Taiwan e Coréia do Sul, formam o segundo grupo dos países subdesenvolvidos industrializados – as plataformas de exportação. São antigos países agrícolas que se tornaram grandes exportadores mundiais, daí serem classificados dessa forma.                                     

             

                                                                Os quatro Tigres originais

 

A rápida expansão econômico-industrial de Cingapura, Coréia do Sul, Hong Kong e Taiwan valeu-lhes o titulo de Tigres ou Dragões Asiáticos.  Entre 1960 e 1990, eles apresentaram o maior índice de crescimento econômico mundial. Os Tigres Asiáticos não possuem riquezas naturais. Até a década de 1950 tinham como base econômica a agricultura. Mas a origem da sua industrialização difere daqueles países que iniciaram sua industrialização a partir da substituição de importações.

O início da transformação radical dessas economias ocorreu a partir da instalação de filiais de indústrias norte-americanas e, principalmente, japonesas, que contaram com as excepcionais vantagens na nova localização:

 Como resultado do empenho desses Estados para criar uma nova estrutura econômica, houve um excepcional crescimento de seus PBIs a partir da década de 1970, acompanhado de grandes superávits comerciais, elevação dos indicadores sociais e ampliação de seus mercados internos.

 A época de maior crescimento econômico dos Tigres Asiáticos, que passou a girar em torno da economia japonesa, foi de 1960 a 1997. Nesse ano, inicia-se a crise das economias Asiáticas, que repercutiu em todo o mundo, chegando a abalar a própria economia do Japão, segundo país mais industrializado do mundo. O rápido crescimento econômico foi comum aos quatro Tigres Asiáticos, no entanto cada um deles apresenta características particulares.

CINGAPURA. Ocupa posição estratégica entre os oceanos Índico e Pacífico, no estreito de Maláca. Situada na rota dos navios petroleiros que abastecem os países do Extremo Oriente, Cingapura é um dos mais movimentados portos do mundo. É formada apenas por uma cidade, tendo 100% de população urbana. Em sua pauta de exportações destacam-se: produtos eletrônicos de alta tecnologia, maquinário elétrico e derivados do petróleo.

CORÉIA DO SUL. País que resultou do conflito entre Estados Unidos e socialistas, na península da Coréia, da qual ocupa a parte meridional. Exporta automóveis, produtos têxteis, eletroeletrônicos, brinquedos, tecidos, calçados, entre outros. A Samsung, a Hyundai, a Daewoo, e a LG são marcas transnacionais coreanas muito conhecidas. Dos quatro Tigres Asiáticos, a Coréia do Sul é o que tem a economia mais diversificada.

Como todos os outros, foi atingida pela crise de 1997 e pela atual recessão mundial. Desde 2000 pensa na hipótese de uma reunificação da península, avaliando a responsabilidade de absorver a falida economia norte-coreana.

HONG KONG. Colônia inglesa durante 150 anos, voltou a ser administrada pela China em 1997. Importante centro financeiro mundial e terceiro maior porto em movimento do mundo, ganhou o status de região administrativa, formando um enclave capitalista na China de regime socialista.

TAIWAN. Com uma situação política indefinida, desde que os comunistas tomaram o poder na China em 1949, Taiwan tornou-se uma plataforma de exportação na década de 1960. Caracteriza-se pela produção de eletroeletrônicos, microcomputadores e pelo setor petroquímico.

As exportações permanecem prioritárias nessas economias; entretanto, com a ampliação do seu mercado interno, a poupança interna diminui. Aliados aos problemas da crise asiática e da economia mundial, esses fatores causaram a desaceleração do crescimento dos Tigres Asiáticos.

 

Os novos Tigres Asiáticos           

 

Indonésia, Malásia, Tailândia expandiram suas economias e se industrializaram, com a participação dos japoneses e dos Tigres originais, sendo, por isso, chamados de Novos Tigres Asiáticos. O investidores vão em busca das mesmas vantagens que permitiram a mudança da economia de seus países e quase não existe mais, como mão-de-obra barata, e de condições, como recursos minerais e fontes de energia.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Livro didático: GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL (Capítulos 40, 41 e 42).

 

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